sexta-feira, 14 de maio de 2010

O viés da política baiana nas eleições 2010


É hora do disse-me-disse, da troca de figurinhas e dos burburinhos entre aqueles que buscam uma cadeira no cenário político das eleições 2010. Na disputa, Souto, César Borges, Geddel, Jaques Wagner, Fabinho, Nilo Coelho, José Ronaldo, ACM Neto, Pelegrino, Walter Pinheiro, o próprio Prefeito João Henrique e outros nem se preocupam com os ex-Valdir Pires, Roberto Santos e João Durval porque a situação na Bahia não anda muito boa. O festival de entrevistas promovidos pela Rádio Metrópole pela passagem dos 10 anos de programação da Rádio na cidade de Salvador, trouxe até o candidato tucano, José Serra para dar uma entrevista acerca da sua candidatura a Presidência da República para confrontar a candidata petista Dilma Rousseff. Um perfeito momento para o cidadão baiano perguntar a qualquer um destes políticos com quanto de verba se instalaria “UM MINI-METRÔ DE 6Km”, haja vista, o consumo de R$ 1 bi sem os trilhos ser colocados no lugar e nos primeiros dias de maio/2010 a atual prefeito de Salvador, João Henrique, assinou o recebimento e a entrega de + R$ 12 milhões, destinados ao mesmo “metrô fantasma”.

Quando nossos companheiros políticos são entrevistados na Rádio Metrópole pelo então ex-prefeito de Salvador e radialista Mario Kertesz, as indagações são quase semelhantes e não existe condenação para quem administra o dinheiro público nem para quem promove o caos social em que o Estado da Bahia se encontra. As escolas, os postos de saúde, os hospitais, as ruas das cidades, as estradas, os serviços, a segurança pública, o atendimento do INSS, o desrespeito no trânsito, as leis que não são cumpridas e outros tantos serviços que o estado faz questão de ignorar perante a cidadania do Estado da Bahia.

É muito bonito aparecer para um veículo de comunicação que está na mídia, como é o caso da Rádio Metrópole, a quem assisto todos os dias, e dizer algo em torno do ouvinte que pretende mudar ou implantar um projeto que se suicida depois dos resultados das eleições e quatro anos depois a cena volta a se repetir diante do mesmo grupo de eleitores que prevê na democracia uma forma justa e digna de empossar pessoas capacitadas e comprometidas com a sociedade como um todo, através do voto democrático.

O trecho a seguir entre aspas extraído da entrevista do ex-governador Roberto Santos ao Jornal Tribuna da Bahia em 05/05/2010 fala de uma disputa de coerência entre os partidos. Quando fala do PSDB e do DEM, sem citar o PT. “A alternância de poder é salutar, desde que as pessoas que já estão há tempos no poder público possam esgotar seu potencial”. Ele afirma que a Bahia está bem melhor do que era antes, principalmente no momento atual – diz na entrevista.

“O Lula fez o que ninguém fez pelo Brasil” e há quem diga que a dívida externa não era nada. Talvez porque não estudou história e política ou não lê sobre o início da ex-dívida externa do Brasil que teve seu nascimento no Brasil Imperial. Tem gente querendo ser imperial na política brasileira, mas a razão para isso está na falta de conhecimento das pessoas.

Quem é bom para a Bahia, para as cidades, para os problemas sociais? Salvador parou no tempo e Feira de Santana cresceu – momento em que o PMDB perdeu o glamour de alguns políticos local e o PFL assumiu a liderança política da cidade através do ex-prefeito José Ronaldo que administrou a cidade de Feira de Santana por dois períodos de 4 anos e posteriormente fez sucessor o médico Dr. Tarcízio Pimenta Junior. O estado ficou no poder do Carlismo durante muito tempo e não se avançou na educação, basta ir até Umburanas ou Casa Nova no interior do Estado para se ter noção da desgraça em que se encontra as pessoas. Os BLOGs e TWITTERs soam os sinais de muita peculiaridade entre o fazer e o prometer, mas a certeza de conquista de um veículo a mais para navegar na “rede mundial” não garante certeza para os que lêem as informações contidas.

As coligações partidárias são forças que buscam o fortalecimento do somatório dos votos depositados nas urnas eleitorais em detrimento da bancada e quando este fortalecimento for revertido em prol dos problemas anteriormente comentados neste texto, ficará a maioria absoluta da população em estado de alerta para colher frutos da escolha perfeita da gestão pública e resenhar as melhorias que se propõe em disputas mais adiante.

Joildo Ferreira

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